As holdings são empresas criadas com o intuito de controlar outras empresas por terem a maior parte das ações.
Normalmente, esse modelo é muito utilizado para gestão patrimonial e redução de impostos. Por isso, as holdings são criadas para que as empresas consigam proteger seu patrimônio, além de favorecer o planejamento sucessório eficiente.
Embora seja simples na teoria, na prática abrir e manter uma holding requer organização e um bom plano financeiro.
Para entender melhor como funciona a holding, quais os tipos e quando é indicado abrir uma, confira o conteúdo a seguir. Separamos esse e outros pontos para tirar suas dúvidas sobre o assunto. Boa leitura!
O que é holding
A holding é uma empresa que controla de forma administrativa e política outras empresas. Isso acontece pois a holding possui a maior parte das ações de empresas subsidiárias. Portanto, ela detém poder de gestão sobre elas.
O objetivo das holdings é proteger o patrimônio, organizar a estrutura de capital, favorecer o crescimento do negócio e garantir o plano sucessório da empresa.
Por isso, elas têm o poder de gerir diferentes ativos como ações, fundos de investimentos, imóveis, patentes, entre outros a depender do modelo de negócio.
Como funciona uma holding
As holdings podem ser criadas a título de sociedade anônima, simples ou empresária. Em geral, essas empresas administram outras subsidiárias. Para isso, possuem equipe de gestão para cada uma das empresas dependentes, a fim de executar as tarefas do dia a dia.
Embora as holding tenham que administrar outras empresas, normalmente elas apresentam um padrão de ação. Esse, sinaliza ao mercado a forma como a holding atua com as suas subsidiárias.
Outro ponto importante é como a holding gera receita. Esse modelo de negócio possui a receita indexada aos pagamentos de lucros e dividendos feitos pelas suas subsidiárias. Dessa forma, quanto maior o montante de dividendo, maior é a receita da holding.
Atenção, pois não é ligado diretamente ao lucro e sim ao dividendo, que leva em consideração também outros fatores como necessidade de aumentar investimento, redução do passivo e outros pontos.
Principais tipos de holding
Podendo ser criada para os mais variados setores, as holdings podem ter diferentes modelos de negócio. Por isso, é importante entender cada um deles para identificar o mais vantajoso no seu caso. Confira!
- Holding pura: é destinada apenas a atuação simples de participação no capital em outras companhias. Dessa forma, a sua receita envolve apenas os dividendos das subsidiárias.
- Holding mista: é a que investe na participação societária, mas também executa a atividade empresarial. Dessa forma, a receita engloba tanto os dividendos das subsidiárias quanto as atividades secundárias.
- Holding familiar: atua exclusivamente para fazer a gestão de bens próprios. Assim, são criadas para gerenciar um ou mais negócios da mesma família.
- Holding patrimonial: atua exclusivamente no gerenciamento de bens da companhia. Assim, tem o objetivo de facilitar a gestão, diminuir os custos com impostos e proteger o patrimônio da empresa.
- Holding administrativa: trabalha diretamente na melhoria de gestão das empresas subsidiárias.
- Holding de controle: atua com foco total na gestão completa de todas as subsidiárias. Portanto, detém todo o controle administrativo dessas companhias.
- Holding de participação: atua simplesmente para garantir participação societária minoritária em outras companhias. Dessa forma, não influi na gestão das subsidiárias. São parecidas com os fundos de investimentos.
Vantagens e desvantagens de abrir uma holding
Esse modelo de negócio é bastante comum no mercado brasileiro. A holding familiar é vista como uma das melhores alternativas quando o assunto é divisão de patrimônio após o falecimento de proprietários ou sócios.
Isso porque o inventário gera um risco de perda patrimonial de 16% a 30%, enquanto a holding reduz esse risco para 3% a 4%, com um planejamento realizado ainda em vida.
Além de garantir a proteção do patrimônio familiar ou da própria companhia, a holding também ajuda a reduzir custos de impostos. Isso porque ela aproveita benefícios e consegue encontrar maneiras de diminuir a carga tributária, facilitando a declaração de imposto de renda.
Dessa forma, abrir uma holding pode se tornar não apenas uma medida protetiva, mas também de escalabilidade no investimento. Isso quer dizer, aumentar os ganhos e desenvolver o negócio para que amplie seu patrimônio.
Com relação às desvantagens, os obstáculos seriam o alto investimento inicial, pois precisa-se gerir os impostos de todas as subsidiárias. Assim, como a possibilidade de fraudes e crimes que podem acontecer em consequência de uma má gestão das companhias dependentes.
Quando abrir uma holding
A holding é uma empresa indicada para negócios que possuem ativos ou imóveis que geram uma renda passiva grande. Isso inclui empresas de grande porte que conseguem atuar em diferentes setores.
Dessa forma, cada companhia subsidiária conseguiria focar no seu setor, melhorando a gestão e o desenvolvimento do negócio. Além disso, garante também a redução de custos operacionais e riscos com o negócio.
Outro ponto é quando a empresa é familiar e precisa de um plano sucessório para garantir que o negócio não acabe. Normalmente, são empresas que estão há décadas no mercado, sendo geridas pelos sucessores da família. Assim, uma holding age para realizar a proteção patrimonial, a fim de gerir esses bens de forma eficiente, para que sejam passados aos sucessores sem perdas e riscos.
Qual a importância do advogado na holding
Para se criar um plano sucessório eficiente, é importante ter amplo conhecimento na área do direito tributário e familiar (em casos de empresas familiares). Dessa forma, a assessoria jurídica assegura as diretrizes legais do processo de holding.
Além disso, também influi na decisão do modelo de negócio, aproveitamento de benefícios fiscais, realização de contratos de acionistas, regularização de sócios, dentre outros aspectos importantes para o bom funcionamento da empresa.
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